Exigente, comunicador por excelência, para Rómulo de Carvalho foi um professor para quem ensinar era uma paixão. A partir de 1952, extendeu esta paixão à difusão científica.
Rómulo de Carvalho desenvolveu uma actividade de divulgação científica que marcou gerações em Portugal. Os seus livros de divulgação em Ciência e Tecnologia e os seus artigos em jornais revelavam a sua preocupação com o despertar do interesse dos portugueses, de todos os quadrantes, pelo conhecimento científico.
Apesar de trabalhar na área das ciências, Rómulo não esqueceu a literatura e em 1956, devido à sua participação num concurso de poesia, publicou o seu primeiro livro de poesia “Movimento Perpétuo”. Nascia assim António Gedeão, o pseudónimo que Rómulo usou para manter o anonimato. Nos seus poemas dá-se uma simbiose perfeita entre a ciência e a poesia.
Um dos seus poemas, a “Pedra Filosofal”, tornou-se num hino à liberdade e ao sonho devido ao retrato de toda a geração que viveu sob o regime ditatorial, feito nela, que “toca” todas as pessoas dessa geração que acreditavam que através do sonho era possível alcançar a liberdade.
Este professor, pedagogo, investigador, grande Homem das Ciências e também poeta foi reconhecido publicamente por pessoas da política, da ciência, das letras e da música.
Em 1996, com o patrocínio do Ministério da Ciência e da Tecnologia e com a participação de muitos organismos, promoveu-se uma Homenagem Nacional a Rómulo de Carvalho/António Gedeão. Faleceu em 19 de Fevereiro de 1997 na cidade de Lisboa.
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Rómulo de Carvalho foi professor, pedagogo e autor de manuais escolares, historiador da ciência e da educação, divulgador científico e poeta. N